O que é Síndrome de Guillain-Barré?
A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca parte do próprio sistema nervoso por engano. Isso leva à inflamação dos nervos, que provoca fraqueza muscular.
Tipos:
Antigamente, acreditava-se que a Síndrome de Guillain-Barré era uma doença de um tipo só. Agora sabe-se que ela pode ocorrer de diversas formas, como:
Polirradiculoneuropatia Desmielinizante Inflamatória Aguda (AIDP)É o tipo mais comum nos Estados Unidos. O sinal mais comum dessa forma da doença é a fraqueza muscular que começa na parte inferior do seu corpo e se espalha para cima.
Síndrome de Miller Fisher (MFS)Aqui, a paralisia começa nos olhos. A MFS também está associada ao caminhar instável e ocorre em cerca de 5% dos pacientes com a Síndrome de Guillain-Barré. É mais comum na Ásia do que em qualquer outro lugar no mundo.
Outros:
Neuropatia Motora Axonal Aguda e Neuropatia Motor-sensorial Axonal Aguda são tipos menos comuns nos Estados Unidos e são mais frequentes na China, no Japão e também no México.
Como costuma acontecer com doenças autoimunes, a causa exata da Síndrome de Guillain-Barré ainda é desconhecida. Geralmente, a doença aparece alguns dias ou semanas após uma infecção do trato respiratório e digestivo. Raramente, cirurgia recente ou vacinação pode desencadear a síndrome de Guillain-Barré.
Na síndrome de Guillain-Barré, o sistema imunológico de uma pessoa, que é responsável pela defesa do corpo contra organismos invasores, começa a atacar os próprios nervos, danificando-os gravemente.
O dano nervoso provocado pela doença provoca formigamento, fraqueza muscular e até mesmo paralisia. A síndrome de Guillain-Barré costuma afetar mais frequentemente o revestimento do nervo (chamado de bainha de mielina). Essa lesão é chamada de desmielinização e faz com que os sinais nervosos se propaguem mais lentamente. O dano a outras partes do nervo pode fazer com que este deixe de funcionar completamente.
Fatores de risco
A síndrome de Guillain-Barré pode afetar todos os grupos etários. Pessoas inseridas dentro de determinados grupos podem estar sob maior risco do que outras, especialmente pessoas do sexo masculino e adultos mais velhos. Além disso, a síndrome pode ser desencadeada por:
Mais comumente, por uma infecção com a Campylobacter, um tipo de bactéria frequentemente encontrada em aves mal cozidas.
*Vírus Influenza
*Vírus de Epstein-Barr
*HIV, o vírus da Aids
*Pneumonia
*Cirurgia
*Linfoma de Hodgkin
*Raramente, vacinas da gripe ou a vacinação infantil.
Sintomas de Síndrome de Guillain-Barré
Os sintomas típicos incluem:
*Perda de reflexos em braços e pernas
*Hipotensão ou baixo controle da pressão arterial
*Em casos brandos, pode haver fraqueza em vez de paralisia
*Pode começar nos braços e nas pernas ao mesmo tempo
*Pode piorar em 24 a 72 horas
*Pode ocorrer somente nos nervos da cabeça
*Pode começar nos braços e descer para as pernas
*Pode começar nos pés e nas pernas e subir para os braços e a cabeça
*Dormência
*Alterações da sensibilidade
*Sensibilidade ou dor muscular (pode ser cãibra)
*Movimentos descoordenados
*Visão turva
*Descoordenação e quedas
*Dificuldade para mover os músculos do rosto
*Contrações musculares
*Palpitações (sentir os batimentos cardíacos)
Os sintomas da Síndrome de Guillain-Barré podem piorar rapidamente. Os sintomas mais graves podem demorar apenas algumas horas para aparecer, mas a fraqueza que aumenta ao longo de vários dias é normal.
A fraqueza muscular ou a paralisia afeta os dois lados do corpo. Na maioria dos casos, a fraqueza começa nas pernas e depois se propaga para os braços. Isso é chamado de paralisia ascendente.
Os pacientes podem notar formigamento, dor nos pés ou nas mãos e descoordenação. Se a inflamação afetar os nervos do diafragma e do peito, e se houver fraqueza nesses músculos, a pessoa poderá necessitar de assistência respiratória.
Na Bahia, segundo a SESAB (Secretaria de Saúde da Bahia), já foram confirmados dois casos de pacientes que contraíram a Guillian-Barré, após ter tido a Zika-Vírus.
Fonte: Minha Vida
Por: Lazaro Costa / Diretor de Comunicação da ADEMACEN
Minha sobrinha teve o caso mais grave dessa doença e já faz três anos que se encontra acamada, o progresso é muito lento, apesar de todos os esforços na tentativa de recuperá-la.
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